sábado, 6 de novembro de 2010

Entre a meia noite...



Meia noite,como ontem foi,
e amanhã será,a noite estrelada?
não sei,janela fechada,
mas a lua e as estrelas estão lá,
a noite linda como és,
e como sempre será,
e é até mais gostoso imaginar,
a lua posso mudar de lugar,
coloca-la acima dos olhos,
tocar na noite e me cobrir de estrelas.



Batendo a porta do quarto,
mudando a frequência do radio,
fazendo dos problemas pouco caso,
arquivando na mente,
a memoria do meu dia inteiro,
comprimentando o travesseiro,
convidando o cobertor
para se entrelaçar comigo mais uma noite,
no dever de me aquecer...



E neste momento,
em que meus olhos se fixam no teto,
é hora marcada com a solidão,
mais hoje não to pra visitas,
tristeza que me perdoe
e agende outro horário...
Ela bateu a porta e eu não abri,
se ela não desistir,a trancarei em letras,
e a transformarei em versos.

Me viro de um lado para o outro,
o mundo fala baixinho,
vou me despindo do cansaço
e sem beijo de mãe nem abraço
vou me distanciando da razão,
e aos poucos dos sons e ruídos da casa.



Já no ápse da metamorfose da noite
em que corpos em fantasmas se transformam


cruzando e desviando
de sonhos alheios,
me achego ao meu espírito.

E meus olhos já fechados...
novos cenários,pessoas,
flutuando no inconsciente
onde árvores tem mãos,
e minha casa muda de endereço.

Eis que do escuro surgem cores,
unidas,misturadas,distintas,
vibrantes formas,
cuja beleza não se via com os olhos abertos...

Já estou dormindo,e ate aqui,
entre um sonho e outro,
vai se formando poema.

REbeka K.(Becky)

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